Minha vida é movimento.



Dança. Compasso.



Canto.




Minha vida é passo.



Caminho, escuto, recordo.



Encontro e decanto.



Conflito, reflito e traço.



Minha vida é campo



onde lanço, arado.



Onde laço, espanto!



Onde tanto, escasso.



Onde espaço, encanto.



Onde espanto, abraço.







terça-feira, 31 de agosto de 2010

A LIÇÃO DE CRISTO SOBRE O SERVIR

ATENDENDO AO CHAMADO

O Senhor DEUS me deu língua de eruditos, para que eu saiba dizer, a seu tempo, uma boa palavra ao que está cansado. Ele desperta-me todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que ouça como aqueles que aprendem.
O Senhor DEUS me abriu os ouvidos, e eu não fui rebelde; não me retiro para trás.”
Is 50:4-5


“Assim diz o SENHOR, o Redentor e Santo de Israel, à alma desprezada, ao que as nações abominam, ao servo dos que dominam: Os reis o verão e o levantarão; os príncipes diante de ti se inclinarão, por amor do SENHOR, que é fiel, e do Santo de Israel que te escolheu.
Diz ainda o SENHOR: No tempo aceitável, eu te ouvi e te socorri no dia da salvação; guardar-te-ei e te farei mediador da aliança do povo, para restaurares a terra e lhe repartires as herdades assoladas;
Para dizeres aos presos: Saí; e aos que estão em trevas: Aparecei. Eles pastarão nos caminhos e, em todos os lugares altos, terão o seu pasto. Nunca terão fome nem sede, nem a calma nem o sol os afligirão, porque o que se compadece deles os guiará e os levará mansamente aos mananciais das águas.”
Is 49: 7-11


“Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si.”
Is 53: 11


“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus.
Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte e morte de cruz.
Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo nome, para que ao nome de JESUS se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que JESUS CRISTO é O SENHOR, para glória de Deus Pai.”
Filipenses: 6-11


Verbo – luz dos homens - alma desprezada – servo – mediador da aliança – o mais rejeitado entre os homens – homem de dores – o Justo – Jesus Cristo - Senhor.

O livro do profeta Isaias foi escrito no período entre 700 a 681 a . C. Este livro fala de arrependimento, conversão, e da vinda do Messias Salvador e Redentor do povo de Deus. Isaias descreve o Messias como Servo e como soberano Senhor.

E Jesus o foi verdadeiramente. O próprio Jesus declarou: “Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos”. (Marcos:10:45).
Foi este o grande e sublime serviço que Cristo nos prestou: saiu da sua condição gloriosa, aceitou nascer como humano, limitado pelo corpo físico, sujeito às mesmas emoções e necessidades que todos temos, vivendo em tudo como nós, exceto no pecado, para nos resgatar do castigo que estava previsto para nós, em virtude da entrada do pecado no mundo, pelas mãos de Satanás, castigo terrível de estarmos apartados da presença de Deus por toda a eternidade.

Jesus nos serviu até a ultima gota de sangue, até a última conseqüência, fazendo a vontade do Pai que por seus desígnios assim estabeleceu, que este seria o único resgate aceito por ele para nos salvar.

Não nos cabe transigir sobre a justiça de Deus. Pode nos parecer injusto este preço, de que o Jesus, o Santo, tenha sido sacrificado por todos os pecados do mundo. Mas verdadeiramente injusto é que nós, uma vez conhecendo tudo isso, sabendo o que foi realmente a vinda de Cristo ao mundo na pessoa de Jesus, as suas dores, o seu sofrimento supremo na cruz do calvário, onde quando ao assumir sobre si as nossas iniqüidades foi apartado da presença do Pai, com quem verdadeiramente era um, e depois a demonstração da sua glória com a ressurreição; injusto é que nós permaneçamos incrédulos, sem deixar-nos ser tocados pela imensa graça que nos foi oferecida, indiferentes ao chamado de Cristo para nós.

O que é esse “toque” de Cristo? A história de cada ser humano neste mundo é particular, embora no que se refere ao homem como espécie criada por Deus, em tudo sejamos iguais. Todos fomos criados para a comunhão com o Pai, todos pecamos, todos nos separamos d’Ele e todos necessitamos de redenção. Entretanto, no contexto da vida de cada pessoa o chamado acontece de uma maneira.

Nos dias atuais, é corrente dizermos que todos os caminhos são válidos, desde que levem a Deus. Porém, o caminho que Deus nos indica como verdadeiro, através da pessoa de Jesus Cristo, está descrito letra por letra, na sua Palavra, nas Escrituras que temos como fonte, como atalho, como poço onde podemos buscar a verdade. Se não nos baseamos na letra bíblica, o que estamos seguindo não é o caminho que Jesus Cristo indicou.

Na doutrina de Jesus Cristo não há ensinos ocultos. A palavra está aí, traduzida em muitas línguas, mas sempre mantido o verdadeiro sentido daquilo que nos foi deixado como caminho. A palavra é clara, sincera, impetuosa. A um só tempo amorosa e dura, ela nos coloca diante de nossa pequenez, de nossa natureza humana, mas nos leva também a re-conhecermos e re-encontrarmos o amor de Deus através da confirmação de suas promessas. Tudo o que Deus declarou, através dos profetas que designou antes da vinda de Cristo, foi a seu tempo consumado. A primeira vinda de Cristo foi testemunhada e descrita em 4 evangelhos, para que não houvesse dúvida acerca dos seus testemunhos. Ainda muitos acontecimentos do mundo contemporâneo e outros que ainda estão por vir estão registrados e descritos nas escrituras.

Jesus não foi um profeta. Jesus não foi mais um dentre os muitos mestres que o mundo nomeia em várias civilizações. Jesus é o Cristo, o filho do Deus Vivo, e ele reina sobre nós, e tem nas suas mãos todo poder para nos salvar, nos libertar. Ele pagou o resgate. Não há na história nenhum outro que tenha vindo nesta missão de resgatar-nos através do seu próprio sangue, e que fosse declarado pelo próprio Pai como seu verdadeiro filho:“E ouviu-se uma voz dos céus, que dizia: Tu és o meu Filho amado, em quem me comprazo.” (Marcos:1:11).

Diante dessa realidade, como nos posicionamos?

Cristo nos chama a mudar de vida. Mudar de posição. Mudar de opinião. Mudar de conduta. Cristo nos constrange a mudar quando nos toca (“Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que se um morreu por todos, logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” – 2 Cor: 5:14-15). Simplesmente não é possível que queiramos seguir a Cristo e manter intactos os nossos hábitos, prazeres, amizades, leituras, conversas, condutas. É preciso permitir que o Espírito Santo opere com liberdade em nossas vidas, é preciso convida-lo a entrar.

E não sejamos ingênuos. Em nenhum momento Ele afirmou que segui-lo seria fácil. Ao contrário, em inúmeras ocasiões Cristo mesmo aponta para o fato de que Ele, o Filho do Deus vivo, que estava com Deus desde o princípio e está assentado à sua direita, e tem poder para redimir e condenar, Ele foi aqui na terra o mais humilhado, para que fosse exaltado. Seu caminho é estreito e os caminhos do ego, dos prazeres, dos convites que o mundo faz são espaçosos.

Viver com Cristo nos coloca diante de uma dimensão nova: precisamos realmente modificar muitas coisas. Não podemos mais conviver com determinadas atitudes e comportamentos, muitos passam a ser insuportáveis. É também preciso estar preparado para perder amizades, para receber críticas, para ser questionado, confrontado, excluído.

Viver com Cristo nos coloca diante da dimensão do outro, nosso próximo. Quem é esse a quem devemos amar como a nós mesmos? Parece tão difícil! E sem que busquemos nos preencher não do nosso amor humano, mas do amor, da misericórdia de Jesus Cristo, é verdadeiramente impossível.

Amar, perdoar, dar a outra face. A mensagem de Cristo nos constrange porque o que exige de nós é que renunciemos ao orgulho, ao egoísmo, à preservação de nossos egos, para podermos encontrar o outro, nosso irmão, nosso próximo, coração com coração, tocando em feridas, renunciando a toda mesquinhez, abrindo mão da necessidade de sermos sempre aceitos e remunerados pela gratidão do outro. Jesus nos serviu até a última gota de sangue, e não recebeu gratidão dos homens. Mas foi exaltado pelo Pai, por ter cumprido seus desígnios.

Aquele que se permite tocar pelo amor de Cristo, e inicia sua jornada pelas águas do Espírito Santo, não está só. A escolha, esse acontecimento que passa a contar nossa vida como antes e depois de Cristo, sempre vem cumulada de bênçãos. O véu se rasga e o amor de Deus se derrama em cascata sobre nós. Abre nossos olhos e ouvidos, nos dá palavras para dizer, nos impele a buscar, e buscar e buscar e buscar... Suas fontes nunca findam, sua graça nunca cessa, suas águas jorram incessantemente. Precisamos sabedoria para enxergar bênção onde antes víamos maldição, para enxergar para além de cada particular circunstância, o poderio de Deus sendo exercido soberanamente sobre as nossas vidas.

Que o Senhor permita o fluir de sua graça sobre todos os que crêem; que nos dê ouvidos para ouvir, humildade para obedecer e coragem para cumprir aquilo que desde nossa geração está reservado para nós. Que o amor soberano de Jesus, Servo e Senhor, seja derramado sobre todos os homens, e que a Graça da Salvação, que está em crer no nome do Senhor Jesus, toque profundamente em cada coração. Amém.

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