Minha vida é movimento.



Dança. Compasso.



Canto.




Minha vida é passo.



Caminho, escuto, recordo.



Encontro e decanto.



Conflito, reflito e traço.



Minha vida é campo



onde lanço, arado.



Onde laço, espanto!



Onde tanto, escasso.



Onde espaço, encanto.



Onde espanto, abraço.







sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Pizza de Graça

Embora já esteja subindo a colina dos “enta”, os dias que antecedem meu aniversário são sempre especiais. A criança em mim desperta em expectativas doces e lembranças de bolo, velas e parabéns.

Celebrar aniversários é comemorar a dádiva da vida! Afinal, se cheguei até aqui e porque muitos milagres aconteceram. O milagre de ter sido gerada, única, no ventre da minha mãe. O milagre de muitos livramentos, que me permitiram viver todos esses anos. O milagre do crescimento forte, saudável. Viver é um milagre! Não é incrível que as minhas impressões digitais sejam diferentes de qualquer outro ser humano? Isso me lembra que as marcas que as minhas mãos farão no barro deste mundo serão feitas somente por elas, o que me torna ainda mais responsável pelas escolhas que faço pelo caminho... Mas isso é uma outra história.

O fato que quero contar é este:

Dia desses, recebo um telefonema desinteressado de uma amiga convidando para comermos uma pizza. Ah, me pegou de surpresa, o caixa anda baixo, penso que não posso ir. Então ela me tranqüiliza e diz: “ –Não se preocupe, eu tenho um crédito na pizzaria, vamos.”

Com um certo constrangimento, aceitei. Rumamos então, no dia marcado, para o restaurante. Chegando lá, surpresa! A coisa era combinada, e havia uma “cúmplice” me esperando com um lindo bolo e velas incandescentes, verdadeiros fogos de artifício!

Ah, que delícia! A criança em mim batia palmas e se alegrava. Olhei por alguns segundos maravilhada, para o singelo bolo cor de rosa e suas velas esfuziantes. Seguiram-se pizza, refrigerantes, batatas fritas, risadas, confidências... Momentos maravilhosos que não têm preço.

Opa, não têm preço? Mas como assim? Meu coração começava a ficar apertado, ia chegando a hora da conta. Eu realmente estava desprevenida e nós havíamos nos divertido muito e comido bastante. Como eu não ajudaria a pagar? Quando o garçom chegou com a conta, disfarçadamente dei uma olhada no valor. Tinha ficado caro. De imediato saquei o que tinha na carteira e comecei um embate com minhas anfitriãs: não era justo que pagassem tudo, eu também deveria ajudar, e tome esta nota, e etc, etc,...

Para acabar com a cena, minha amiga olhou-me nos olhos, amorosamente e disse:
“-Querida, para você queremos o melhor, e nós já pagamos.”

Era tudo mesmo de graça para mim.

Em tudo isso o Espírito Santo de Deus me ensinava:

O que é a Graça de Deus dispensada sobre nós, senão isto? Quem de nós poderia pagar a conta da queda espiritual da humanidade? Nossos recursos são sempre parcos diante do preço das nossas vidas. Estamos sempre desprevenidos.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”(Jo 3:16)

Ele pagou a conta. Ele podia pagar. Ele é Todo-Poderoso. Ele não contava com os meus trocadinhos. Nem com os seus. Ele é o dono do banco. Ele é Amor.

Ele me ama, e de presente me diz:

- Filha, toma a tua vida eterna. Eu te dou, porque te amo. Você não mereceu. Você não podia pagar. Eu já paguei para você. Agora venha, coma e beba comigo. E se alegre, se regozije no meu amor. Porque o Amor, filha, sou Eu.

“Amai-vos ardentemente uns aos outros de coração, tendo sido regenerados, não de semente corruptível, mas de incorruptível, pela Palavra de Deus, a qual vive e é permanente.
Pois: Toda a carne é como a erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. Seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a Palavra do Senhor permanece para sempre. (1 Pe 1: 22-24)