Minha vida é movimento.



Dança. Compasso.



Canto.




Minha vida é passo.



Caminho, escuto, recordo.



Encontro e decanto.



Conflito, reflito e traço.



Minha vida é campo



onde lanço, arado.



Onde laço, espanto!



Onde tanto, escasso.



Onde espaço, encanto.



Onde espanto, abraço.







quarta-feira, 23 de março de 2011

EU SOU DO MEU AMADO E O MEU AMADO É MEU

“Ouço a voz do meu amado; ei-lo que vem saltando sobre os montes, pulando sobre os outeiros. O meu amado é semelhante ao gamo, ou ao filho da gazela.
Olhai, ele está detrás da nossa parede, olhando pelas janelas, lançando os olhos pelas grades.
O meu amado fala e me diz:
Levanta-te amada minha, e vem. Vê! Já passou o inverno; e as chuvas já cessaram, e se foram. Aparecem as flores na terra; o tempo de cantar chegou, e a voz das rolas ouve-se em nossa terra. A figueira já deu os seus figos, e as vides em flor exalam o seu aroma.
Levanta-te amada minha, formosa minha e vem.
Pomba minha, que andas pelas fendas das penhas, no oculto das ladeiras, mostra-me a tua face, faze-me ouvir a tua voz, pois a tua voz é doce, e o teu rosto formoso.
Apanhai-me as raposinhas, que fazem mal às vinhas, as nossas vinhas que estão em flor.
O meu amado é meu, e eu sou dele.”
(Ct: 2: 8-16 a)


Que doce é a voz do meu amado! Pode ser como a voz de muitas águas, ou um sussurro que somente eu consigo ouvir. Semelhante ao grito dos apaixonados, que escrevem os nomes de suas amadas nas pedras, em faixas e gritam o seu amor em praça pública, ou aos bilhetes secretos e cartas de amor seladas.

Que delícia é o seu convite: - Vem querida minha e vê, existem flores, é tempo de cantar, os aromas são suaves e o meu jardim te espera em perfume e flor. Vem comer comigo os figos, e as uvas que tenho plantado para ti!

O meu amado quer me ver, ele ama o meu rosto e a minha voz. O meu amado não se cansa de ver a minha face. O meu amado quer ouvir a minha voz, ah! Ele diz que favos de mel manam dos meus lábios! Doce é para Ele ouvir as palavras de amor que fluem da minha boca.

O meu amado desceu aos seus jardins, para se alimentar e para colher os lírios. Os jardins do meu amado são a Terra inteira, a Terra é o estrado dos seus pés. Os lírios são flores preciosas, semelhantes ao Lírio dos Vales... eu sou como o lírio, semelhante a Ele. Ele saiu do Seu trono, e desceu aos Seus jardins, para colher-me, e levar-me com Ele.

O Nome do meu amado é como ungüento derramado. Ele não mediu esforços para vir ter comigo. Comprou para mim vida abundante e eterna, com preço mais alto que todo ouro e prata do mundo. O meu amado me comprou com o seu próprio sangue, que derramou publicamente, por mim. Escreveu com o seu sangue o meu nome, e gravou sua carta de amor em meu coração.

Chamou-me jardim fechado e fonte selada. Assim me guardou, para que eu fosse fonte dos jardins, poço das águas vivas.

Eu sou do meu amado, e Ele me tem afeição. Assim Ele descreve o Seu amor:
“As muitas águas não poderiam apagar este amor, nem os rios afogá-lo. Ainda que alguém desse todos os bens da sua casa por este amor, seria de todo desprezado. “

O amor com que Ele me ama é perene e indestrutível. E Ele me convida a aceitar sua aliança, como sinal de que sou Dele:

“Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço.”

O meu amado é fiel, a sua fidelidade e o seu amor jamais serão destruídos. Ainda que eu tentasse me esconder dEle, Ele me veria, pois Ele é aquele que olha por detrás de minhas paredes, pelas grades que construí ao longo da vida. Ele me sempre vê. Ele espera por mim a cada manhã, para que nos Seus jardins eu dê a Ele o meu amor.

Você já descobriu, quem é o meu amado?

O Seu nome é Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz.

O nome do meu amado é JESUS DE NAZARÉ.

(Trechos bíblicos extraídos do Livro de Cantares)