Minha vida é movimento.



Dança. Compasso.



Canto.




Minha vida é passo.



Caminho, escuto, recordo.



Encontro e decanto.



Conflito, reflito e traço.



Minha vida é campo



onde lanço, arado.



Onde laço, espanto!



Onde tanto, escasso.



Onde espaço, encanto.



Onde espanto, abraço.







sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

PARA FAZER UM ANO NOVO

Acautelai-vos por vós mesmos, para que não aconteça que os vossos corações se sobrecarreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e aquele dia vos pegue de surpresa, como uma armadilha..” (Lucas 21: 34)

A passagem do ano nos coloca simbolicamente diante da dimensão de um novo tempo, onde poderemos inaugurar uma nova forma de viver. Frente ao novo ano, corajosamente riscamos aquilo que não queremos mais em nossas vidas. Velhos hábitos, velhos medos, relacionamentos que não nos fazem bem.

Como diante de um caderno novo, escrevemos com letra caprichada os projetos para o ano que vai começar.

Se tivéssemos a real dimensão da provisoriedade da vida, e das coisas desse mundo, todos os dias seriam como 31 de dezembro. Se tomássemos a palavra de Jesus em Lucas 21 como realidade à qual não escaparemos, assumiríamos uma posição vigilante e alerta.

A Palavra de Deus nos chama: “Desperta, oh tu que dormes!” ( Ef 5: 14). Vivemos como se o Ano Aceitável do Senhor ainda fosse apenas uma promessa, de algo que virá quem sabe um dia...

Tomo então a liberdade de propor neste primeiro de janeiro um tempo realmente novo! Um tempo que para nós, cristãos, seja de revisão verdadeira daquilo que trazemos secretamente no nosso coração. Um tempo em que possamos nos despojar das cargas desnecessárias, e tomar sobre nós apenas o jugo daquele que nos chamou à Ele.

Em Mateus 15:19 podemos ouvir de Jesus: “Pois do coração procedem maus pensamentos, assassínio, adultério, prostituição, furto, falso testemunho, blasfêmia.”

Preocupamo-nos tanto em consertar o que é externo, gastamos tanta energia para manter as aparências, e nos esquecemos de que do nosso coração procedem as saídas da vida. Se nosso coração estiver sobrecarregado, a via por onde poderão jorrar águas vivas estará impedida. Cabe então perguntar:

DE QUE ESTÁ SOBRECARREGADO O MEU CORAÇÃO?

  • Os “cuidados da vida” tem tomado muito espaço em minha vida?
  • Quais são as raízes de amargura que tem brotado e tomado corpo como ervas daninhas em meu coração?
  • Em que “poltronas” confortáveis tenho me acomodado para dormir, quando o Senhor me chama para despertar? Aqui não falo de dormir no sentido concreto, mas refiro-me a um certo adiamento que nos permitimos quando se trata de promover mudança em nossa vida...
  • Quais os temores que tem me impedido de exercitar o projeto de Deus a meu respeito? Que tipo de vaidades estão por trás das minhas ações?
  • O quanto realmente tenho investido de mim no relacionamento com as pessoas que me foram confiadas para amar?
  • Quais são as minhas prioridades?
  • Como anda minha capacidade de perdoar a mediocridade que vejo no outro e em mim mesmo? O quanto tenho conseguido exercer daquilo em que creio?
  • Que tipo de couraça tenho vestido, para impedir que meu irmão verdadeiramente tenha comunhão comigo?
  • E, finalmente, o quanto estou disposto a ouvir o que Deus quer me dizer em 2010?

Que possamos fazer uma reflexão sincera e amorosa de nós mesmos nesta passagem de ano. E que nosso Deus que é Grande e Misericordioso, nos console em nossa fraqueza, e nos fortaleça em virtude e graça!

Que 2010 seja um ano de sinceridade, e de um novo coração, para todos nós.

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